Olá a todos,
Como prometido, um pouco da infra-estrutura da USF Ria Formosa:
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Consultório médico |
Antigamente o prédio desta unidade era um centro referência para o tratamento de tuberculose, já desativado há algum tempo. O edifício foi totalmente revitalizado e equipado. Possui nove consultórios modernos, quatro para médicos, quatro para seus respectivos enfermeiros e um para o enfermeiro especialista em saúde da mulher; duas recepções, sendo uma em cada andar; uma sala de procedimentos muito equipada, com carrinho de parada, vários medicamentos para situações de emergência, foco, maca eletrônica, etc etc; uma sala de reuniões com recursos audiovisuais; elevador para o primeiro andar; copa; e por aí vai... Seguem fotos.
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Maca infantil |
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Maca eletrônica |
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Sala de reuniões |
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Consultório de enfermagem, saúde infantil |
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Sala de espera infantil |
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Recepção do primeiro piso |
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Sala de procedimentos |
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Sala de procedimentos |
A unidade, como dito antes, atende cerca de 12000 pessoas, com todos os programas já citados no relato anterior. No último levantamento feito no primeiro semestre de 2011 tinham: 1472 hipertensos (15,8% da população); 502 diabéticos (4,5% da população); 1820 crianças em puericultura; 52 gestantes acompanhadas, 25 não acompanhadas e 4 referenciadas para serviço de alto risco; além de planejamento familiar; rastreios; e visitas domiciliares. Possuem internos e residentes.
Algo curioso que achei bem interessante: os usuários do sistema de saúde pagam coparticipações em consultas, exames, alguns remédios, etc. Por exemplo, uma consulta médica tem uma coparticipação do usuário de 2 euros. Existem algumas patologias e situações que estão isentas das coparticipações, como diabéticos e gestantes. A Dra. Assunção acha que provavelmente isto irá mudar, entrando um critério de renda. Isto é muito interessante, imagina se cada usuário aí no Brasil tivesse que pagar 5 reais por consulta, será que a segunda feira estaria tão lotada de “dores exóticas difusas e vagas” em busca de ATESTADOS MÉDICOS? Acho que seria muito bom se associassem um critério de renda e de certas patologias e situações clínicas que necessitam de remédios, consultas e exames continuamente para iniciar a cobrança destas coparticipações no SUS. Algo a se pensar.
Hoje fizemos algumas visitas domiciliares. Uma busca ativa a uma criança de 5 anos que há 3 anos não ia às consultas de puericultura e dois idosos acamados. Em especial, o caso de uma senhora muito debilitada que vive sozinha e em condições subumanas, me chamou à atenção. Tem graves dificuldades de deambulação e vive com ajudas dos vizinhos. Chegamos à residência e nos deparamos com um cenário bem feio, com fezes no chão, a paciente despida por falta de roupas, deitada em um colchão úmido e sujo, comidas estragadas em cima da mesa, casa sem nenhuma janela, etc etc. Já faz seis meses que a equipe descobriu esta senhora e tenta ajudá-la através do serviço social, mas nunca tiveram resposta e contra-partida. Quando a encontraram, estava com diabetes descontrolado e hipertensa, e medicaram-na. Hoje ela está controlada, mas... .Segundo a Dra. Assunção já é um caso jurídico.
Amanhã passarei o dia com o enfermeiro José Vieira acompanhando consultas pré-natais no período da manhã e orientações e preparo pré-parto à tarde.
Grande abraço
Iatan Rezende Mendonça
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